HOMENAGEM A LEONEL BRIZOLA

I
A noite cortou o silencio
No pampa ouviu-se um berro
Naquele tempo em que o ferro
Na forja  virava adaga
Um menino e uma saga
Solito se veio ao mundo
Nas plagas de Passo Fundo
Em São Bento, Carazinho
Ali ele cresceu sozinho
UM LÍDER  NOVO PRO MUNDO

II
O pai morreu nas trincheiras
Na revolta em 23
E o guri poucos meses
Foi se criando ao relento
Leonel Rocha e seu regimento
Lhe inspiravam a coragem
Um trem e se foi de viagem
Pra capital e em Viamão
Foi buscar na educação
Pro futuro uma passagem

III
Bem moço em 46
Foi Deputado Estadual
Prefeito da Capital
E do Estado Governador
E pra mostrar seu valor
Com uma votação sem igual
Foi Deputado federal
Da Guanabara, no Rio
Onde depois com brio
Fez dois governos estadual

IV
O Brizola foi destes tauras
Que nunca dobrou a espinha
Tal qual um galo de rinhas
Era bom de pua e bom de bico
Trancou o pé até com os milico
Sem jamais frouxar o garrão
Com argumentos e co’a razão
E com a  arma de suas idéias
Ia ganhando a platéia
De microfone na mão

V
Quem não lembra de teus feitos
No ato da legalidade
Com a razão e com a verdade
Tendo o povo do teu lado
No palácio entrincheirado
Deu mostras de valentia
De coragem e fidalguia
Cumprindo a Constituição
Dando provas a nação
De amor à democracia

VI
Quem não lembra de teu gesto
De grandeza e doação
Quando abristes mão
De mil hectare de herança
E déstes aos jovens, as crianças
As famílias dos sem terra
Dando trégua nesta guerra
Iniciando a Reforma Agrária
E por esta ação visionária
Tu és o pai dos Sem Terra

VII
Quem não lembra das tuas obras
Da estrada da produção
Quando da encampação
Da CRT, da energia
E quando tu construía
Mais de seis mil Brizoleta
Dando o sinal, dando a letra
Da importância do ensino
Mais o BRDE e aços finos
Deu bom o aluno da ET

VIII
No Rio não foi diferente
Nos dois governos estaduais
Com mil obras sem iguais
Os Centros Integrado de Ensino
Os CIEPS, onde os meninos
Estudam em tempo integral
E o sambódromo  pro carnaval
Um templo para cultura
A linha vermelha, cuja estrutura
É o maior referencial

IX
Líder de três gerações
Do avô do pai e do filho
Cuja história e o brilho
Eu trago na minha mente
Só faltou ser presidente
Foi por combater os “interésses”
E isso a gente reconhece
Que quem perdeu foi o povo
E se tu voltasse de novo
Ia ser, pois tu merece!

X
Até me custa acreditar
Que tu te fostes Brizola
Se aqui na minha cachola
Te tenho vivo na minha mente
Se comigo estás presente
Em cada CIEP, na escola
Nas fotos, nas bandeirolas
Nas obras de teu legado
No governo de dois estado
Então VIVA Leonel Brizola

XI
Mas que te fostes meu líder
Assim no mais sem barulho
Te junta  aí com o GETÚLIO
Com o JANGO, com o PASQUALINI
E por favor nos ensine
As lições do catecismo
Dê-nos coragem e civismo
E não nos deixe sozinho
Ilumine nossos caminhos
Pra honrar o TRABALHISMO

XII
E quem diria tio Briza
Que o governador o engenheiro
Que o maior dos brasileiros
Engraxou, carregou malas
Que este xirú das falas
ITAGIBA de batismo
Deu origem ao Brizolismo
E a pátria um novo conceito
E a seu modo e do seu jeito
Deu vida pro trabalhismo

POMPEO DE MATTOS
Deputado Federal
PDT/RS


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