ELA

I
Um dia surgiu do nada
Como que vinda do além
Não sei se a mando de alguém
Ou se foi algo divino
Se foi obra do destino
Aquele encontro casual
Era assim tão natural
Como o perfume da flor
Olhar meigo encantador
Não havia nada igual

II
Chegou – me assim sussurrando
Com seu jeito angelical
Era alguém muito especial
Que me fora prometida
Veio pra encantar minha vida
Pensei, só podia ser
E até me custava crer
Que aquela mulher menina
A mais perfeita obra-prima
Tinha vindo pra me ver

III
Com seu jeito de mulher
Na desenhada escultura
Trazia a formosura
Da mais rara beleza
Que só aumentava a certeza
Que era tudo o que eu queria
E que jamais encontraria
Outra mulher assim
E que ela seria pra mim
A luz do sol dos meus dias

IV
Ela trouxe a alegria
Deu encanto ao meu lar
Perfumou todo o lugar
E até despertava ciúme
A fragrância de seu perfume
A todos contagiava
Mas só a mim que ela amava
Aumentando meu desejo
E com o calor de seus beijos
O meu mundo ela incendiava

V
O tempo foi se passando
Ela ganhou-me a confiança
Fez de mim uma criança
Me deu colo, fez ninar
E me fez imaginar
Um lugar no paraíso
Mas sem que fosse preciso
Morrer para lá chegar
Pois ela podia me dar
Até o que era proibido

VI
Mas como tudo tem fim
Eu um dia sem querer
Me questionei, quis saber
De onde tinha vindo ela
Afinal quem era aquela
Que despertou-me a paixão
Que ganhou meu coração
Tive na hora a resposta
Esta que tu tanto gosta
Só há na imaginação

VII
Não acreditei na resposta
Pois não quis acreditar
E me recusei aceitar
Que essa fosse a verdade
Que era outra a realidade
E que eu só estava sonhando
E comigo fiquei teimando
Mesmo assim eu quero Ela
Pois é alguém assim tão bela
Que eu vivo a vida esperando

POMPEO DE MATTOS
Deputado Federal
PDT/RS


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